Agosto Azul e Vermelho

Agosto Azul e Vermelho promovem a saúde vascular Desde 2021, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) realiza a campanha Agosto Azul e Vermelho, escolhendo as cores inspiradas nas veias e artérias do corpo humano. Esta iniciativa tem um objetivo claro: conscientizar sobre a importância dos cuidados necessários para manter a saúde vascular em dia, abrangendo vasos sanguíneos vitais, como artérias, veias e vasos capilares. A complexidade dos problemas de saúde vascular pode afetar diversas partes do corpo, variando em gravidade de condições leves a doenças potencialmente graves. Entre as enfermidades vasculares mais comuns, destacam-se varizes, trombose, úlcera venosa, aneurisma, acidente vascular cerebral (AVC), pé diabético, doença arterial obstrutiva periférica e aneurisma da aorta abdominal. O diagnóstico das doenças vasculares começa pela escuta atenta das queixas do paciente, somado a um exame físico minucioso e apropriados exames complementares. O tratamento, por sua vez, é altamente personalizado, podendo envolver medicamentos, procedimentos cirúrgicos ou outras intervenções menos invasivas, além de incentivar mudanças positivas nos hábitos de vida. Algumas doenças vasculares, no entanto, são silenciosas em seus estágios iniciais. Por isso, é fundamental conhecer o histórico médico familiar e agendar consultas regulares com um especialista vascular, como um angiologista ou cirurgião vascular, para evitar a progressão de condições não detectadas. Além disso, atitudes preventivas desempenham um papel crucial para a manutenção da saúde vascular, incluindo: A campanha Agosto Azul e Vermelho reforça a importância de valorizar e cuidar da nossa saúde vascular, um aspecto muitas vezes negligenciado, mas vital para uma vida plena e saudável.

Entrevista Dr João Paulo

Dr. João Paulo do Amaral Filho: A trajetória até a oncologia clínica No mundo da medicina, escolher uma especialidade é como traçar um destino. Para o Dr. João Paulo do Amaral Filho, a estrada da oncologia clínica não foi apenas uma escolha, mas uma continuação de uma trajetória familiar próxima ao universo oncológico. Formado pela Anhanguera Uniderp de Campo Grande, o Dr. João Paulo possui clínica médica pelo Hospital do Coração e residência em oncologia clínica no renomado Hospital do Câncer de Barretos-SP. Na OncoVitta, ele se dedica a tratar cânceres de pulmão, próstata, bexiga, rim e sarcomas. Perguntamos ao Dr. João Paulo sobre os desafios e paixões em sua jornada na oncologia, e suas respostas refletiram sua dedicação à profissão e ao bem-estar do paciente. Para ele, a escolha da oncologia foi moldada pela convivência com familiares da área e sua proximidade com essa especialidade. Segundo ele, a saúde mental é uma questão essencial para médicos, especialmente aqueles que enfrentam desafios emocionais. Dr. João Paulo ressaltou a importância de equilibrar a empatia com o distanciamento necessário para se tomar decisões, evitando a frieza e respeitando o ser humano sempre. Para ele, valorizar momentos de qualidade com a família é o segredo para manter a mente saudável. A paixão do Dr. João Paulo pelo seu trabalho é evidente quando ele destaca a satisfação de encontrar soluções para os problemas de seus pacientes. Para ele, estar na pele do paciente é fundamental para entender suas necessidades e se dedicar ainda mais ao trabalho. Essa abordagem também o motiva a buscar constantemente atualizações e compartilhar experiências com colegas da clínica e de todo o país, mantendo-se atualizado e motivado no campo em constante evolução da oncologia. Falando sobre os desafios e expectativas para a saúde no Brasil, Dr. João Paulo enfatizou a necessidade de superar obstáculos no cenário do Sistema Único de Saúde (SUS) e a importância de conscientizar os pacientes sobre a importância do tratamento proposto pela ciência. Seu compromisso em enfrentar esses desafios com dedicação e empatia demonstra o quanto ele é um pilar de apoio para seus pacientes e colegas na OncoVitta. Concluímos nossa conversa com o Dr. João Paulo do Amaral Filho, inspirados por sua paixão e determinação em tornar a jornada dos pacientes mais suave, e por seu compromisso em contribuir para a melhoria da saúde no Brasil. Ele é um exemplo brilhante de como um médico pode ser uma luz guia em meio aos desafios da oncologia.

Você sabia que existe o PCR do câncer de colo de útero? Veja mitos e verdades sobre a doença

Conheça mais sobre o terceiro tipo mais comum de câncer entre as mulheres O câncer de colo de útero é uma doença causada pelas infecções persistentes do vírus HPV (Papilomavírus Humano), transmitido sexualmente. O câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma¹. E, apesar desta grande incidência, há ainda muitos mitos e verdades sobre a doença. Conheça alguns deles: “Ter HPV é igual a ter câncer” Mito. A possibilidade de uma infecção de HPV evoluir para câncer é pequena. “Desenvolvem o pré-câncer ou o câncer aquelas mulheres que tiverem uma infecção persistente por HPV, por determinados tipos desse vírus, e com condições imunológicas inadequadas. Na maioria dessas infecções, o próprio sistema imunológico elimina espontaneamente”, explica a Dra. Neila Speck, médica especialista em ginecologia e patologia do trato genital inferior e presidente da Comissão Nacional Especializada de Trato Genital Inferior da FEBRASGO. “O câncer de colo de útero não pode ser evitado” Mito. De acordo com a médica Neila Speck, essa doença é totalmente evitável, e pode ser prevenida com exames eficazes de diagnóstico e vacina. “Existe um exame PCR para detectar o HPV que ajuda na prevenção do câncer do colo de útero” Verdade. “Atualmente, existem testes sensíveis que detectam a infecção por HPV mesmo antes do vírus estar transformando essas células em pré-câncer ou câncer. Dessa forma, é possível saber se a mulher está em risco ou não de desenvolver a doença”, explica a Dra. Neila Speck. São testes de DNA, conhecidos como teste de genotipagem de HPV, que utilizam uma análise de biologia molecular por PCR (reação em cadeia de polimerase). O exame permite que, quando o resultado da mulher dá negativo para todos os tipos de HPV, pode aguardar cinco anos para refazê-lo². “Esses testes de biologia molecular são iguais ao Papanicolau” Mito. Os testes de PCR para HPV mostram se a mulher possui o vírus, e não necessariamente se já está doente. “O vírus pode estar quieto no organismo, o que chamamos de infecção latente, e nunca se manifestar. Sabemos que aquela mulher que fica com vírus latente por muitos anos pode estar em risco maior de desenvolver um câncer de colo de útero do que aquela que elimina o vírus. Então, o teste de biologia molecular é mais sensível e identifica a mulher já contaminada sem a doença. Por sua vez, o Papanicolau rastreia a presença de lesões pré-cancerosas, e não o vírus, e identifica a mulher que pode estar no começo do câncer de colo de útero”, afirma a Dra. Neila Speck. “As vacinas também são eficazes na prevenção de câncer de colo de útero” Verdade. Além dos exames, as vacinas também são capazes de proteger contra alguns tipos de HPV. No Brasil, a vacina está disponível no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos e imunodeprimidos (HIV, transplantados de órgãos ou medula, oncológicos), mulheres e homens até os 45 anos – a imunização deve acontecer, preferencialmente, entre 9 e 14 anos, quando é mais eficaz, segundo o Ministério da Saúde³. Em bula, as vacinas são aprovadas para ambos os sexos de 9 a 45 anos. “Portanto, nós temos a prevenção primária com a vacina, e a prevenção secundária com o diagnóstico precoce por meio dos testes de alta performance, principalmente os de biologia molecular. Mulheres, visitem seus ginecologistas de confiança regularmente, e façam seus exames preventivos. E pais, levem seus filhos para se vacinar. A prevenção é a melhor forma de acabar com essa doença”, finaliza a médica Neila Speck. Fonte: Vanessa Serafim / Assessoria

O que você precisa saber sobre o câncer colorretal

Alimentação saudável e atividade física podem ser aliadas na prevenção O câncer colorretal é considerado um tumor maligno e silencioso, mas com grandes chances de cura. Localizado no cólon, a doença não costuma dar muitos indícios no começo, tendo sintomas mais aparentes em estágios avançados. Em decorrência do baixo índice de diagnósticos precoces, o câncer colorretal afetou, somente em 2022, mais de 23 mil mulheres. Entre os problemas de saúde, a doença já ocupa a segunda colocação, ficando atrás somente dos cânceres de próstata nos homens e de mama nas mulheres. Como forma de alerta, anualmente são realizadas campanhas de prevenção e incentivo a exames como a colonoscopia, para que o caso seja descoberto o quanto antes. Sintomas e Diagnóstico Investigar esse tipo de câncer é fortemente recomendado para pessoas de todas as idades, mas principalmente após os 45 anos, devido aos sinais sutis da doença, como anemias e diarreias. Quando existe histórico familiar a ação preventiva deve começar ainda antes. Nos estados mais avançados, são relatadas mudanças bruscas no ritmo intestinal, fezes com sangramento, dores abdominais e cansaço. Especialistas indicam o exame de colonoscopia não somente para chegar ao diagnóstico, mas para identificar a possível origem do câncer colorretal antes que ele se desenvolva. Quando descoberto cedo, o tumor é tratável e há grandes chances de cura.  Grupos de risco Considerando que o câncer colorretal pode afetar pessoas com diferentes históricos clínicos e idades, especialistas classificam os grupos de risco por algumas características, são elas: Maior risco: pessoas com doenças crônicas na família ou casos de câncer colorretal hereditário, assim como portadores de doenças inflamatórias intestinais, como Crohn. Médio risco: pessoas acima de 45 anos, sem histórico de câncer colorretal na família. Este grupo corresponde a 90% dos casos diagnosticados. Baixo risco: pessoas com menos de 45 anos e que não se enquadram em nenhum dos grupos acima. Prevenção Parte importante na prevenção contra a doença está no equilíbrio alimentar e na prática de atividade física, já que o sedentarismo e o consumo excessivo de gordura animal podem facilitar o desenvolvimento da doença.  As fibras presentes em frutas e legumes auxiliam o funcionamento do sistema digestivo como um todo, assim como a redução do consumo de álcool e uma menor ingestão de alimentos ultraprocessados. Na dúvida, mantenha os check-ups em dia, o corpo em movimento e se alimentando com qualidade. Assim como no caso do câncer colorretal, exames periódicos são fundamentais para a prevenção de possíveis doenças. No caso dos homens, infelizmente ainda são poucos adeptos a essa forma de autocuidado.  Meio século de história    Já são cinco décadas de uma história escrita pelas mãos de médicos cooperados, colaboradores, clientes e pessoas que acreditam na Unimed Campo Grande. Esses 50 anos de existência, lutas e conquistas serão celebrados no dia 12 de maio, data em que é reforçada a trajetória do nascimento de um novo conceito em saúde para nosso estado.    Inúmeros desafios foram enfrentados, mas diversas conquistas foram alcançadas para que hoje a cooperativa médica chegasse à posição de maior plano de saúde de Mato Grosso do Sul. Desde a sua criação, em 1973, os propósitos da Unimed CG continuam sendo a busca constante por cuidado, crescimento e inovação, a fim de proporcionar a melhor assistência à saúde aos seus beneficiários e ser um porto seguro aos médicos cooperados, para que exerçam sua profissão com autonomia e, assim, continuem dialogando de forma democrática os rumos da saúde. Isto é a base do nosso cooperativismo, focado fundamentalmente no ser humano. fonte: Comunicação Unimed CG

Hábitos saudáveis são grandes aliados da saúde digestiva

Cuidados específicos trazem benefícios a longo prazo, explica especialista Formado por vários órgãos, mas especialmente pelo estômago, fígado e intestino, o sistema digestivo é fundamental para o corpo humano, uma vez que estes órgãos são responsáveis pela digestão de alimentos, absorção de água e glicose, vitaminas, proteínas e minerais, neutralização e eliminação de toxinas e, ainda, a promoção da manutenção do sistema imunológico. 1-4 Para o Dr. Márcio de Queiroz Elias (CRM 82558 SP), gerente médico da divisão de Consumer Health da Hypera Pharma, os cuidados com a saúde digestiva devem ser diferentes quanto a pacientes do sexo feminino e masculino. Isso acontece por conta de diversos fatores. “Muitas vezes, fatores hormonais como, ciclo menstrual, gravidez, ou até mesmo estresse, podem alterar a saúde do sistema digestivo.”, explica “Por isso, é importante adotar hábitos saudáveis, que colaboram com o funcionamento esperado do sistema. Ingerir líquidos, manter uma alimentação equilibrada e fazer exercícios físicos são grandes aliados, além de, claro, consultas periódicas ao médico de confiança. ”5,9 De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, a constipação intestinal acomete mais pacientes do sexo feminino, enquanto doenças do aparelho digestivo ocupam o 2º lugar no ranking de mortalidade masculina. “Por isso, é importante atentar-se a alguns sinais do corpo como: azia, má digestão, dores de cabeça constantes e distensão abdominal pois eles podem ser alertas do corpo de que alguma coisa não vai bem nesta região, nesses casos, é muito importante procurar por ajuda médica especializada”6-8, finaliza. Fonte: Heloisa Meleras / Hypera Pharma

Anvisa aprova nova terapia para tipo agressivo de linfoma não-Hodgkin

Após duas décadas, o anticorpo monoclonal conjugado à droga apresentou benefício significativo em estudo clínico para linfoma difuso de grandes células B A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova polatuzumabe vedotina mais R-CHP para o tratamento de pacientes com linfoma difuso de grandes células (LDGCB) não tratados previamente, baseado em dados do estudo clínico POLARIX. A combinação é a primeira terapia aprovada pela agência em quase 20 anos para o tratamento deste tipo da doença, forma mais comum entre os tipos agressivos de linfoma não-Hodgkin no Brasil. O estudo POLARIX, estudo internacional de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, mostrou que a combinação polatuzumabe vedotina mais R-CHP (rituximabe, ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona) reduziu significativamente o risco de progressão da doença, recidiva ou morte em 27% em comparação com o padrão de tratamento atual, R-CHOP (rituximabe, ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona), com um perfil de segurança comparável. Michelle França Fabiani , diretora médica da Roche Farma Brasil, reitera que “a aprovação de polatuzumabe vedotina mais R-CHP representa uma nova opção de tratamento com o potencial de reduzir o número de pacientes com progressão da doença após o tratamento de 1ª linha, assim como toxicidades e custos de regimes intensivos de resgate, e melhorando a jornada dos pacientes com esse tipo de linfoma agressivo. Como empresa focada em inovação, a Roche tem o compromisso de buscar alternativas para ampliar o avanço de tratamentos de que os pacientes mais necessitam – e que impactem no seu tempo e qualidade de vida”. Linfoma difuso de grandes células B – entenda É o subtipo mais comum entre os linfomas não Hodgkin, respondendo por aproximadamente 30% nessa classificação e por 80% de linfomas agressivos em geral1. No mundo, isso equivale a 162 mil pessoas diagnosticadas a cada ano2 e a estimativa do Instituto Nacional do Câncer é de que sejam mais de 4 mil novos casos anualmente no Brasil. Este tipo de linfoma é chamado de difuso porque as células cancerosas se espalham deformando os linfonodos, pequenas estruturas presentes em todo o organismo responsáveis por filtrar substâncias nocivas – processo essencial para o sistema imunológico combater infecções e destruir germes. Os pacientes apresentam sinais e sintomas típicos, como o crescimento rápido dos linfonodos, acompanhados ou não de sintomas sistêmicos (febre, sudorese noturna e perda de peso sem causa aparente). Aproximadamente 40% dos pacientes apresentam doença fora do sistema linfático, sendo o trato gastrointestinal, baço, sistema nervoso central, pulmões e tecidos moles os mais comumente afetados. De 10 a 30% dos casos, a medula óssea pode ser acometida, o que pode levar à insuficiência medular, causando infecções, anemia e trombocitopenia. O tratamento padrão em primeira linha inclui o uso de ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona (CHOP), juntamente com rituximabe (R-CHOP), um anticorpo monoclonal contra o antígeno de superfície CD20. No entanto, em até 40% dos pacientes, a doença volta a aparecer, momento em que as opções de terapia de resgate são limitadas e a expectativa de vida é em torno de três a quatro meses, quando sem tratamento. Aproximadamente metade dos pacientes que apresentam recidiva não são elegíveis ao transplante de medula por diversos fatores, como outras comorbidades, idade avançada ou coleta malsucedida de células-tronco. Esse perfil de paciente é de alto risco e possui chance remota de cura; portanto, tem como objetivo de tratamento a estabilização da doença e o aumento da sobrevida. Mecanismo de ação O polatuzumabe vedotina faz parte de uma nova classe de imunoterapias direcionadas para o câncer conhecidas como anticorpos monoclonais conjugados que, diferentemente da quimioterapia tradicional, atuam sobre células específicas. O medicamento é o primeiro a ter como alvo específico o CD79b, com capacidade de se ligar a esta proteína, encontrada apenas em células B (um tipo de glóbulo branco). Uma vez acoplado ao alvo, libera a quimioterapia dentro da célula do câncer, preservando as saudáveis3,4. Referências: Scott DW. Cell-of-Origin in Diffuse Large B-Cell Lymphoma: Are the Assays Ready for the Clinic? American Society of Clinical Oncology Educational Book. maio de 2015;(35):e458–66. Linfoma não Hodgkin: Estatística. Disponível em https://www.cancer.net/cancer-types/lymphoma-non-hodgkin/statistics. acessado em 15 de maio de 2023. Dornan D, Bennett F, Chen Y, Dennis M, Eaton D, Elkins K, French D, Go MA, Jack A, Junutula JR, Koeppen H. Therapeutic potential of an anti-CD79b antibody–drug conjugate, anti–CD79b-vc-MMAE, for the treatment of non-Hodgkin lymphoma. Blood, The Journal of the American Society of Hematology. 2009 Sep 24;114(13):2721-9. Polson AG, Yu SF, Elkins K, Zheng B, Clark S, Ingle GS, Slaga DS, Giere L, Du C, Tan C, Hongo JA. Antibody-drug conjugates targeted to CD79 for the treatment of non-Hodgkin lymphoma. Blood, The Journal of the American Society of Hematology. 2007 Jul 15;110(2):616-23. Fonte: Jéssie Costa / Roche

Cigarro eletrônico pode causar também câncer de cabeça e pescoço

Além do câncer no pulmão, os usuários do cigarro eletrônico também podem apresentar tumores cervicais, leucemia, câncer de pele e tireoide. É o que aponta pesquisa publicada no World Journal of Oncology, que cruzou dados sobre o histórico de câncer e de consumo do vape (nome em inglês utilizado para o dispositivo). “Os jovens estão usando de forma perigosa, achando que não faz mal. Mas é bom lembrar que o cigarro eletrônico tem nicotina e outros poluentes, e em geral quem usa, fuma muito mais que um cigarro comum”, destaca o Dr. Dorival De Carlucci Jr., Cirurgião de Cabeça e Pescoço do Hospital São Luiz Morumbi. O hospital da Rede D’Or, localizado na zona Sul da capital paulista, conta com uma unidade da Oncologia D’Or, uma das mais completas redes de cuidado oncológico do país, e uma sólida estrutura voltada para o diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer. O Alerta acontece no mês em que são celebrados o Julho Verde e o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço (27/7), que buscam promover a conscientização sobre o enfrentamento da doença. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para este ano é de cerca de 40 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço, incluindo tumores de boca (cavidade oral), laringe e tireoide.  “Câncer de cabeça e pescoço” é um termo que engloba uma série de tumores malignos que podem aparecer na boca, orofaringe, laringe (onde estão as cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço e tireoide. Esses tumores estão entre os tipos de câncer mais comuns no Brasil. A boa notícia é que quando descoberto no começo, a chance de cura chega a 90%. É importante ficar atento aos principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço: aparecimento de nódulo no pescoço, manchas brancas ou avermelhadas na boca, ferida que não cicatriza, dor de garganta ou alterações na voz por mais de 15 dias e dificuldade ou dor para engolir. Fatores de risco Câncer de tireoide: Dieta pobre em iodo, radioterapia em baixas doses (principalmente na infância), histórico familiar, obesidade, tabagismo, poluentes ambientais. Câncer de laringe: Consumo de tabaco (cigarros, charutos, cachimbos, narguilés), consumo excessivo de bebidas alcoólicas e excesso de gordura corporal. Prevenção do câncer de cabeça e pescoço – Pare de fumar cigarro comum ou eletrônico; – Mantenha a higiene bucal em dia; – Em casos com fatores de risco, faça acompanhamento regular para detectar precocemente e investigar alguma lesão suspeita; – Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas; – Procure manter uma alimentação saudável e pratique atividade física. Fonte: Samara Meni / Agência VFR