Para entender melhor como a genética está transformando a abordagem do câncer, tivemos a oportunidade de conversar com a Dra. Maria Lucia Castro, Médica Geneticista CRM 6328 MS / RQE – 4999 da OncoVitta, que compartilhou insights valiosos sobre o tema.
Avanços na identificação de alvos terapêuticos
Uma das áreas mais impactadas pelos avanços da genética é a identificação de alvos terapêuticos específicos para o tratamento do câncer. Conforme explicado pela Dra. Maria Lucia, a análise genética revela mutações genéticas específicas que tornam as células cancerígenas mais vulneráveis a certos medicamentos. Isso levou ao desenvolvimento de terapias direcionadas altamente eficazes, com menos efeitos colaterais em comparação com os tratamentos convencionais.
Personalização dos tratamentos
A personalização dos tratamentos com base nas características genéticas individuais dos pacientes é um dos principais avanços na genética. Ao analisar o perfil genético de um paciente, os médicos podem escolher terapias direcionadas que são mais susceptíveis de serem eficazes para aquela pessoa específica. Isso não apenas melhora a eficácia do tratamento, mas também reduz os efeitos colaterais, proporcionando uma abordagem mais precisa e tolerável.
Tecnologias e testes genéticos
Na prática clínica, várias tecnologias e testes genéticos são usados para orientar o tratamento do câncer. A Dra. Maria Lucia menciona a sequenciação de nova geração (NGS), que identifica mutações em genes específicos, a análise de expressão gênica, que avalia a atividade de genes relacionados ao câncer, e testes de painéis genéticos que examinam várias mutações em um único teste. Além disso, os testes germinativos e somáticos são fundamentais para direcionar tratamentos e medidas preventivas.
Perspectivas futuras
O futuro da genética na oncologia é promissor. Espera-se que a pesquisa continue identificando novos alvos terapêuticos e marcadores genéticos, aprimorando ainda mais os tratamentos e as estratégias preventivas. A genômica funcional e a medicina de precisão estão se tornando mais acessíveis, o que pode resultar em avanços significativos na prevenção e tratamento do câncer, aumentando as taxas de sobrevivência e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Identificação de fatores de risco genéticos
A genética também desempenha um papel fundamental na identificação de fatores de risco genéticos para o câncer. Estudos genômicos têm revelado variantes genéticas que aumentam o risco de desenvolver a doença. Essa descoberta permite um aconselhamento genético adequado, com a identificação de indivíduos em alto risco. Com isso, medidas preventivas mais eficazes, como triagens regulares e medidas de redução de risco, podem ser implementadas.
Em resumo, a genética está revolucionando a forma como entendemos e tratamos o câncer. Seja na personalização dos tratamentos, na identificação de fatores de risco ou na busca por novos alvos terapêuticos, a genética está desempenhando um papel crucial na melhoria da qualidade de vida dos pacientes oncológicos e nas taxas de sobrevivência. O futuro da genética na oncologia promete continuar trazendo esperança e avanços significativos.